31 de março de 2011

A Conquista das Estrelas 1 e 2

Outro dos meus favoritos, A Conquista das Estrelas (na edição portuguesa dividido em 2 volumes, Voyage From Yesteryear no original), trata de como o progresso cientifico pode fazer com que a humanidade passe a viver numa adhocracia (gostei tanto desta palavra :) ). A humanidade está novamente à beira de uma nova guerra mundial e um grupo internacional de cientistas decide enviar numa sonda de exploração apetrechada de maneira a criar, através de um pool genético constante nas bases de dados dos computadores da sonda e de úteros artificiais, um conjunto de seres humanos, uma vez que chegue a um planeta habitável, para, efetivamente, colonizar esse planeta, salvando assim a humanidade da extinção. A Kuan-Yin (nome da sonda) chega a Alfa de Centauro e descobre um planeta habitável, Chiron, e começa o seu programa de colonização.
Entretanto, na terra, a Guerra Mundial estala mas não leva à extinção a raça humana. Após alguns anos de dificuldades, novos blocos de poder se levantam e estes decidem ir tomar posse de Chiron. Devido ao facto de terem sido criados sem os preconceitos existentes na Terra e com a ajuda de robôs "maternais" que os educaram a fazer perguntas a si próprios sobre tudo o que os rodeia, os Chironianos têm outros planos quanto à posse do planeta. O livro descreve o choque entre a mentalidade que vem da Terra, baseada no capitalismo, com lutas de poder e o uso indiscriminado à força para impor ideologias e uma nova mentalidade, sem sistema económico que se veja, com a distribuição do poder baseada nos conhecimentos de de cada um para uma determinada área e com o reconhecimento de competências do individuo como moeda de troca.
A cultura da Terra é baseada nos recursos finitos e a cultura Chironiana é baseada nos recursos infinitos do espírito.
Um magnífico livro em que se descreve uma anarquia perfeitamente possível e nada utópica.

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