22 de fevereiro de 2012

The Chasm of Doom - Lone Wolf

A sul de Holmgard fica a província mineira de Ruanon, principal fonte de riqueza do reino. O ouro e as pedras preciosas são transportados, mensalmente, em carroças até à capital, Holmgard, mas no mês corrente o comboio já está atrasado. O Rei Ulnar enviou cem cavaleiros às ordens do Capitão D'Val para investigar o silêncio de Ruanon e o paradeiro do comboio mas estes também desapareceram sem deixar rasto. Não restou outra opção ao Rei senão chamar Lone Wolf do mosteiro Kai (o Rei colocou as terras nas imediações do mosteiro sobre a protecção de Lone Wolf) para resolver o problema. Em conjunto com 50 homens, Lone Wolf parte para o sul, para aquilo que parece ser uma simples missão contra bandidos, mas que acaba por representar a salvação do reino. Ruanon foi subjugada por Barraka, senhor da guerra do reino vizinho da Vassagonia, e a filha do Barão Vanalund, Madelon, foi raptada para ser sacrificada no altar de Maakengorge, para que o exército morto do Darklord Vashna suba dos infernos para vingar a sua derrota perante a casa de Ulnar. Sem Lone Wolf tudo estará perdido.
Como complemento, a pequena história do Capitão D'Val e dos seus homens ajuda a dar mais riqueza a um universo já por si repleto de pormenores. Sem dúvida um livro a ler por quem gosta de fantasia.

10 de fevereiro de 2012

Crimes Exemplares

Quando uma grande amiga me aconselhou a ler este pequeno livro, fiquei imensamente desiludido de ter que lhe dizer que já o tinha em casa. Prometi-lhe que ia reler e em boa hora o fiz porque esta obra é pura e simplesmente genial. Max Aub, filho de um Alemão e de uma Judia Francesa, teve uma vida atribulada em Espanha, durante a guerra civil, e em França, durante a segunda grande guerra, o que o fez radicar-se com a sua família no México, onde conheceu Luis Buñuel, entre outros. Ao longo do seu percurso de vida foi recolhendo relatos de homicídios perpetrados em grande maioria por gente "normal". Donas de casa, barbeiros, utentes de transportes públicos, pacientes, médicos, todos caminham à beira do abismo, a um simples passo da desgraça. "Matei-o porque tinha mais força do que eu" e "Matei-o porque tinha mais força do que ele" revela uma espécie humana com grandes dificuldades na comunicação, sem conseguir gerir o stress de forma adequada. Assusta-me a crise porque é um factor de stress muito forte e as pessoas estão perto do limite ("Don't push me 'cause i'm close to the edge, i'm trying not to loose my head"). Como sempre, a Antígona a não desiludir com este livro. E para terminar, o meu favorito: "Matei-o porque não pensava como eu"!!!