4 de junho de 2013

A Dance With Dragons

Desculpem lá, mas estou farto! Martin tem tantas pontas soltas que não sabe para onde se virar. Não vejo o fim em mais dois volumes. As personagens estão cada vez mais embrulhadas no enredo sem um fim à vista. Algumas nem são faladas (por exemplo o que passa com Rickon? Nem uma linha num volume de novecentas páginas?). O texto continua a ser muito bem escrito, sem qualquer dúvida, mas a novidade (apesar de ter sido a primeira vez que li este volume) foi-se. Os únicos momentos em que fui realmente surpreendido foi quando Martin mata uma das personagens principais, quase mesmo no fim do livro, só para o leitor ter uma razão para comprar o próximo volume. Esta série está-me a fazer lembrar o Eragon, que começou de forma excelente e que a meio do terceiro volume (que devia ser o último) começa a engonhar, a engonhar, até que no fim aparece "continua no próximo volume". Talvez aqui no A Dance With Dragons seja ao contrário: no início é a engonhar, a engonhar e no fim tudo acontece de repente. Na altura em que estamos interessados, aparece "Epílogo".
Quanto à história, as coisas vão avançando com maus a ficarem bons, bons a ficarem maus e as personagens que mais gostamos a morrerem... Não foi assim que começou? Cinco volumes de novecentas páginas para a Daenerys voar o Drogon? Esqueçam lá isso e leiam a saga de Earthsea, da Ursula Le Guin, ou o Elric de Melniboné, do Michael Moorcock.

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