8 de junho de 2012

Inferno, Ida e Volta

Frank Miller volta à carga com o sétimo volume da série Sin City, "Inferno, Ida e Volta", e tenho a dizer que já estou um pouco farto. Não do grafismo, que o traço de Miller está cada vez melhor e a dinâmica do livro é perfeita: o leitor abranda ou acelera a leitura ao gosto do autor. O que me aborrece é a história policial noir de cordel, em que Wallace, o herói (neste caso um artista pintor mas também ex-militar), evita que uma jovem linda cometa suicídio. A jovem tem problemas com uns senhores muito maus e o herói limpa o cebo a todos, fugindo no fim com a "princesa". O que é apenas uma repetição do "A Cidade do Pecado" mas sem o twist de a personagem principal morrer, o que é muito mais divertido. E, sinceramente, prefiro o método do Marv para obter aquilo que quer.
Um apontamento curioso são as 26 páginas a cores, onde é descrito a luta de Wallace com uma droga alucinogénica, injectada pelos maus da fita, para se manter na investigação que o há-de levar à boazona de serviço.
Tenho pena que o argumento seja tão gasto (até dentro da própria série) porque o grafismo é superlativo.

Sem comentários:

Enviar um comentário