1 de março de 2012

As Aventuras de Tom Sawyer

É muito difícil escolher um livro para mim, a minha mãe que o diga que já repetiu uns quantos. Quando a minha amiga Ana ofereceu-me este clássico, ela ficou quase tão contente como eu, por ter acertado num livro que eu ainda não tivesse lido.
Ao princípio achava que este Samuel Langhorne Clemens (Marc Twain para os amigos) ia ser uma seca, super descritivo, como os nossos românticos, os vitorianos ingleses ou o Jules Verne. Não podia estar mais enganado. Twain escreve simples e tem a mestria de, com muito poucas palavras, dizer tudo o que quer e invocar imagens muito bonitas da vida nas margens do Mississippi na mente do leitor.
Cada capítulo, apesar de inseridos numa história maior, pode ser lido separadamente e conseguirá fazer sorrir o mais mal humorado dos velhos dos Marretas.
Tom é o rapaz típico: adora a liberdade e odeia a escola. Isso aliado ao facto de viver junto das margens do Mississippi onde há imensas actividades interessantes como pescar, procurar um tesouro, dormir ao relento, explorar grutas, namorar ou tomar banho no rio tornam a vida da Tia Polly (a senhora que cuida de Tom e de seu meio irmão, Sid) muito mas muito difícil. As brincadeiras e tropelias de Tom fazem-me lembrar as que eu fazia em Monte Real quando era miúdo e se não fiz disparates iguais pelo menos fiz parecidos. Aliás quem as não fez? E quem não fez tenho pena, devem ter tido uma infância muito chata...

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